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OCDE vê perda de impulso da economia europeia e desaceleração no Brasil

Os indicadores compostos avançados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam perda de impulso do crescimento na Europa e desaceleração no Brasil.

Esses indicadores são projetados para antecipar as flutuações na atividade econômica nos próximos seis a nove meses. Quatro fases cíclicas são definidas nos indicadores da OCDE. Na expansão, o indicador aumenta e fica acima de 100; na inflexão, diminui, mas continua acima de 100; na desaceleração, há uma baixa para menos de 100; e na retomada o indicador aumenta, mas ainda fica abaixo de 100.

Para março, no Reino Unido e na área do euro como um todo, incluindo Alemanha, França e Itália, os indicadores antecipam um crescimento que perde impulso, com contração nos índices de confiança dos consumidores e pelo aumento da inflação.

Entre as principais economias da OCDE fora da Europa, os indicadores permanecem acima da tendência, o que significa apontar um crescimento estável nos Estados Unidos, no Japão e no Canadá.

Desaceleração no Brasil, crescimento estável na China e Índia

Entre as principais economias emergentes, os indicadores da China (setor industrial) e da Índia continuam a apontar para um crescimento estável. Já no Brasil, continuam a antecipar uma desaceleração do crescimento. Os indicadores do Brasil vem caindo – 98,9 em janeiro, 98,3 em fevereiro e agora 97,8.

Por sua vez, o jornal francês Le Figaro destaca hoje o risco de recessão nos EUA. A inflação no nível mais alto em 40 anos, o aumento de juros e a guerra na Ucrania deverão provocar uma desaceleração económica, ou mesmo quebrar o crescimento, na avaliação do jornal, num cenário que não era imaginável há algumas semanas.

De seu lado, o banco holandês Rabobank constata que a situação está piorando para economias pobres. Os preços de alimentos bateram recorde de alta em março.

BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: Valor Investe

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