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Investimentos em títulos e valores mobiliários batem recorde no 1º trimestre

O volume financeiro investido em títulos e valores mobiliários por brasileiros alcançou R$ 2 trilhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa um recorde da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O resultado é 6,5%, ou R$ 123,5 bilhões, maior que o registrado nos três meses anteriores.

A alta foi observada no segmento de varejo, com 7,4% no período, e no private, que reúne clientes que têm, pelo menos, R$ 3 milhões em aplicações, com salto de 5,3%.

No varejo, os destaques foram o aumento de 25,1%, ou R$ 24,6 bilhões, no volume alocado em Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), e de 4,4%, ou R$ 22 bilhões, em Certificado de Depósito Bancário (CDB).

No private, chamaram atenção os volumes de R$ 22,6 bilhões aplicados em ações, seguidos de R$ 8,8 bilhões em Letra Imobiliária Garantida (LIG), e de R$ 8,2 bilhões em Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Os montantes representam variações de 5%, 20,7% e 19,5%, nesta ordem.

Preferência pela renda fixa

Os ativos de renda fixa foram responsáveis por 59,3% do patrimônio líquido dos clientes em março de 2022. Em dezembro de 2021, a título de comparação, essa fatia era de 58,9% e de 58,1% no mesmo mês de 2020. A parcela de recursos destinada à renda variável chegou a 19,8% ao final do primeiro trimestre deste ano, enquanto que, no período anterior, a fatia era de 19,5%. No final de 2020, representava 20%.

O patrimônio líquido dos investimentos de brasileiros cresceu 2,1%, ou R$ 94,5 bilhões, no primeiro trimestre, totalizando R$ 4,65 trilhões. Essa foi a mesma variação registrada no início do ano passado.

No primeiro trimestre de 2022, o resultado foi alavancado pelo segmento private, cujo patrimônio líquido somou R$ 1,83 trilhão, avanço de 3,1% em relação ao trimestre anterior.

O volume financeiro do varejo de alta renda aumentou 1,7% no mesmo intervalo, com patrimônio de R$ 1,27 trilhão. O varejo tradicional, por sua vez, teve variação positiva de 1,2%, chegando a R$ 1,54 trilhão.

Na soma dos segmentos, o número de contas registrou crescimento de 0,7% no período, ou 879 mil contas. Destaque para o varejo tradicional, que respondeu por 848 mil novas contas no mesmo intervalo.

BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: Valor Investe

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