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4intelligence: RADAR JULHO/2024

Internacional

A economia chinesa registrou crescimento de 0,7% (QoQ) no segundo trimestre de 2024. Em relação ao mesmo recorte do ano anterior, o PIB teve crescimento da ordem de 4,7%, inferior ao crescimento do primeiro trimestre (5,3% YoY). A atividade do país dá alguns sinais de enfraquecimento, quadro que deve levar as autoridades a aumentar incentivos – sobretudo ao segmento imobiliário, cujo volume de investimentos decresceu 10,1% no acumulado do primeiro semestre do ano, ante mesmo recorte de 2023.

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), recuou 0,1% na passagem de maio a junho, após se manter estável (0,0%) no período anterior. Em um ano, o índice acumula variação de 3,0%.

Brasil

O Caged indicou a criação líquida de 131,8 mil novos postos formais em maio na série livre de influências sazonais.

O resultado do mês parece dar indícios de um movimento de desaquecimento do mercado de trabalho. Entendemos que este movimento de arrefecimento do mercado de trabalho deve persistir até o fim do ano, respondendo ao menor espaço para crescimento imposto pelo desempenho robusto recente, bem como à política monetária ainda em território contracionista.

O varejo restrito avançou 1,2% em maio, após alta de 0,9% no mês anterior, enquanto o volume de serviços se manteve estável (0,0%). Em contrapartida, a indústria recuou 1,6% no período. Esse panorama ensejou avanço de 0,2% do IBC-Br em maio, acumulando alta de 1,7% em doze meses.

No curto prazo, enxergamos espaço para a indústria devolver parte das perdas do passado recente, apesar de alguns obstáculos no horizonte, como das incertezas fiscais. O setor de serviços, por sua vez, deve ser sustentado pela robustez do mercado de trabalho no ano, combinado com a recuperação da renda. No entanto, a perspectiva de juros mais altos por mais tempo pode impactar negativamente o segmento em meio a uma perspectiva menos positiva para a atividade.

Para o varejo, a perspectiva a frente é menos favorável e esperamos um crescimento mais tênue dos setores sensíveis ao crédito, com juros mais altos que o esperado inicialmente para o fim de 2024.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo avançou 0,21% em junho e acumula uma alta de 4,23% nos últimos doze meses. O movimento é reflexo, em especial, da variação nos preços do grupo de Saúde e cuidados pessoais, que registrou inflação de 0,54%, bem como a do segmento de Alimentos e Bebidas (0,44%), ainda sob alguns efeitos do El Niño.

De modo geral, os impactos adversos no clima, causados pelo El Niño, ainda se mantêm sobre os preços de alguns produtos cujas regiões produtoras foram mais afetadas por esses fenômenos. Adicionalmente, há alguma incerteza sobre o retorno à normalidade dos preços agrícolas no médio prazo – em especial, devido à passagem de outro fenômeno similar, o La Niña, até meados de outubro.

Política

O Índice de Governabilidade (I-Gov) de junho de 2024 fechou em 42,0% – o segundo pior resultado do terceiro mandato de Lula. No Judiciário, se manteve em 60%, a agenda de atividades continua concentrada em julgamentos de governos anteriores. Na dimensão legislativa, o governo apresentou discreta melhora e alcançou 14,3%, com a aprovação de uma Medida Provisória (MP) em sua forma pura. Por fim, na dimensão da opinião pública, Lula se manteve na marca de 51,5%.

 

 

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