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4intelligence: RADAR JANEIRO/2024

Internacional

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou alta de 0,3% na passagem de novembro a dezembro, fechando o ano de 2023 com variação acumulada de 3,4%.

A economia chinesa registrou expansão de 1,0% (QoQ) no quarto trimestre de 2023, fechando o ano com crescimento de 5,2% – superando a meta das autoridades de 5,0%. Destacam-se as medidas de incentivo do governo, com foco no setor privado, em especial no mercado imobiliário. Para 2024, esperamos que a economia chinesa cresça 4,3%, em meio à lenta recuperação da demanda doméstica. Nossas projeções para o PIB chinês podem ser conferidas aqui.

Brasil

O Caged indicou a criação líquida de 130,1 mil novos postos de trabalho no mês de novembro.

O resultado do mês sugere um mercado que, após passar boa parte do ano aquecido, começa a apresentar sinais de desaceleração – como evidenciado pelo resultado dessazonalizado (+110,6 mil). Julgamos, porém, que esta dinâmica é natural, frente ao desempenho robusto do mercado formal de trabalho até então e à política monetária contracionista.

A produção industrial avançou 0,5% em novembro. Já o varejo restrito ficou praticamente estável (+0,1%), enquanto o volume de serviços voltou a crescer após três quedas consecutivas (+0,4%). Por fim, o IBC-Br se manteve estável no mês (0,0%), evidenciando a desaceleração já prevista ao fim de 2023.

Esperamos que a indústria continue apresentando um comportamento oscilante no curto prazo, em decorrência dos juros elevados e do alto nível de inadimplência e endividamento, com uma perspectiva mais benigna adiante em razão da flexibilização gradual dos juros. Para serviços, esperamos que a desaceleração observada nos resultados anteriores continue a se fazer presente e antevemos um crescimento mais leve à frente. De forma similar, também projetamos desaceleração para o varejo, porém com um crescimento mais homogêneo, tanto em segmentos mais sensíveis à renda quanto em setores mais sensíveis ao crédito.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,56% em dezembro. Com o resultado, o IPCA encerra o ano de 2023 com uma alta de 4,62%. O resultado do mês reflete, pela terceira vez consecutiva, a inflação do grupo de Alimentos e Bebidas, que responde aos impactos climáticos do El Niño, que levam à uma redução da oferta interna de bens agrícolas.

À frente, entendemos que o El Niño deve se manter como um dos principais elementos por trás da instabilidade nas cotações de commodities agrícolas. Por outro lado, a baixa demanda internacional arrefeceu os preços de petróleo no curto prazo, favorecendo o índice cheio, mas incertezas ainda se mantém frente aos cortes na produção da OPEP+ e do conflito na principal região produtora da commodity.

Politíca

O resultado do Índice de Governabilidade (I-Gov) de dezembro ficou em 43%, o mesmo número obtido pelo governo Lula em novembro. No que tange a dimensão legislativa, Lula repetiu a marca de 15% e a relação com o Legislativo segue extremamente delicada, enquanto na dimensão jurídica, repetiu os 63%. Por fim, na dimensão da opinião pública há a única notícia positiva para o Planalto, com Lula na marca de 51%, a primeira vez, desde 2013, que um presidente mantém marcas iguais ou superiores a 50% em um ano.

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