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4intelligence: RADAR ABRIL/2023

Internacional

Em relatório divulgado na primeira quinzena do mês, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo as suas projeções para a economia global, com estimativas de crescimento de 2,8% neste ano e 3,0% em 2024, reflexo de uma recuperação mais lenta do que a antecipada e dos os impactos da guerra na Ucrânia. É importante ressaltar que o avanço deverá ser mais expressivo nas economias em desenvolvimento em comparação com as economias desenvolvidas. Na 4intelligence, nossas projeções são ainda mais conservadoras, com estimativas de crescimento de 2,5% neste ano e 2,8% no próximo ano.

Brasil

O IBC – Br manteve-se estável (0,0%) em janeiro , período em que a indústria apresentou um decrescimento tímido (-0,3%) e o varejo uma recuperação robusta (+3,8%).

Prospectivamente, mantivemos a nossa projeção de crescimento em 2023 em 0,9%, baseada na perspectiva de recuperação do mercado interno chinês e na expectativa de forte retomada da produção agrícola. Ainda assim, o quadro econômico para 2023 se apresenta bastante desafiador. A nível doméstico, os juros elevados e o alto endividamento das famílias devem limitar o consumo privado, que foi o principal impulsionador do PIB em 2022. Internacionalmente, a recuperação da atividade chinesa pode estimular setores como a Indústria Extrativa, mas o nível dessa retomada pode afetar a cotação das commodities energéticas no mercado internacional, em um contexto de preços ainda pressionados pós-pandemia.

O volume de serviços prestados recuou 3,1% em janeiro, depois de alcançar o ponto mais alto da série histórica em dezembro de 2022. O resultado reflete um comportamento sazonal negativo em serviços financeiros, bem como uma queda de 3,7% no segmento de Transportes.

Apesar do desempenho mais fraco no início deste ano, a comparação interanual revela um cenário positivo para o setor, com quatro dos cinco segmentos pesquisados apresentando níveis de atividade superiores aos do mesmo mês do ano anterior, impulsionados pela melhora dos indicadores de renda em 2022 e pela normalização dos hábitos de consumo que foram interrompidos pela pandemia, quando as famílias priorizaram bens em detrimento de serviços.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,71% em março, após se expandir 0,84% em fevereiro. A inflação de março refletiu, sobretudo, o comportamento dos grupos Transportes, Saúde e cuidados pessoais e Habitação. No primeiro grupo, a expansão de 2,1% reflete o retorno dos impostos federais sobre os combustíveis (alta de 8,33% no preço da Gasolina e a de 3,20% no preço do Etanol).

Esperamos que, em 2023, os combustíveis voltem a pressionar o IPCA ainda que este movimento possa ser contrabalanceado pela acomodação do preço de cana-de-açúcar, fundada na expectativa de boa safra no ano. No âmbito global, os preços das commodities agrícolas e energéticas tendem a variar de acordo com o ritmo de crescimento da atividade internacional, que passa por período de profundas incertezas.

Política

Posições de Lula sobre o poder do dólar nas transações comerciais internacionais e contra a venda de armas brasileira para a Ucrânia, com percepções sobre a guerra protagonizada pela Rússia, acende sinal amarelo em lideranças norte-americanas e europeias.

O governo ainda não enviou o novo arcabouço fiscal ao Congresso Nacional. Em contrapartida, o Legislativo discute mudanças e faz críticas às ideias mostradas em 30 de março.

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