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4intelligence: RADAR JUNHO/2024

Internacional

O Federal Reserve (Fed) optou por manter inalterado o intervalo móvel da taxa básica de juros do país, em 5,25% – 5,50%, pela oitava vez consecutiva. Adicionalmente, de acordo com as novas projeções divulgadas, o intervalo móvel ideal deverá se situar entre 4,88% e 5,12% ao longo de 2024. O mercado passou a prever o mês de setembro como o mais provável para o início dos cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, de acordo com o CME’s FedWatch Tool, em linha com o projetado pela 4intelligence.

 

Adicionalmente, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), dos EUA, apresentou estabilidade (0,0%) na passagem de abril a maio, após avanço de 0,3% no período anterior. Em um ano, o índice acumula variação de 3,3%

Brasil

O Produto Interno Bruto avançou 0,8% no primeiro trimestre de 2024, na série livre de influências sazonais. Com o resultado, o PIB acumula crescimento de 2,5% nos quatro últimos trimestre

A expansão do período pode ser explicada pelo desempenho ainda forte da Agropecuária, que cresceu 11,3% (QoQsa) apesar de ter apresentado um recuo de 3,0% no ano contra ano, em função do robusto desempenho do 2023. Adicionalmente, destacamos o desempenho de Serviços, em especial o Comércio (3,0%). Em relação à indústria, o grupo permaneceu praticamente estável (-0,1%), com um modesto crescimento de 0,7% apenas na Indústria de Transformação. Em 2024, esperamos que o crescimento desacelere para 1,7% em meio ao realinhamento das expectativas sobre a taxa de juros, uma contribuição menos intensa da Agropecuária e os impactos diretos das enchentes no Sul.

O varejo restrito teve alta de 0,3% em abril, após registrar estabilidade no mês anterior. Em contrapartida, a produção industrial recuou 0,5% no mês. Por sua vez, o volume de serviços avançou 0,5% no período. Dessa forma, o IBC-Br de abril ficou praticamente estável (0,01%), na série livre de influências sazonais, e acumula alta de 4,0% em doze meses.

Para o varejo, a perspectiva a frente é menos favorável e esperamos um crescimento mais tênue dos setores sensíveis ao crédito, em comparação ao originalmente projetado – visto que a expectativa da 4intelligence é de que a flexibilização dos juros tenha chegado ao seu fim em 2024.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo avançou 0,46% em maio e acumula uma alta de 3,93% nos últimos doze meses. O movimento é reflexo, em especial, da variação nos preços do grupo de Saúde e cuidados pessoais, que registrou inflação de 0,69%, bem como a do segmento de Alimentos e Bebidas (0,62%), ainda sob alguns efeitos do El Niño. Mesmo com o enfraquecimento do El Niño a partir de meados de abril, ainda há alguma incerteza sobre o retorno à normalidade dos preços agrícolas no médio prazo – em especial, devido à passagem de outro fenômeno similar, o La Niña, com secas intensas previstas para o segundo semestre do ano.

Política

O Índice de Governabilidade (I-Gov) de maio de 2024 fechou em 40,4% – o pior resultado do terceiro mandato de Lula. No Judiciário, que recuou para 60%, a agenda de atividades continua concentrada em julgamentos de governos anteriores. Na dimensão legislativa, o governo apresentou nova queda em maio e alcançou 14%, com a perda de 11 Medidas Provisórias (MP). Por fim, na dimensão da opinião pública, Lula se manteve na marca de 47,1%.

 

 

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