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4intelligence: RADAR DEZEMBRO/2023

Internacional

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou alta de 0,1% na passagem de outubro a novembro.

Nesse sentido, em dezembro, o Federal Reserve (Fed) optou novamente por manter inalterado o inrtervalo móvel da taxa básica de juros do país, em 5,25% – 5,50%. Avaliamos que a movimentação do Fed reforça a perspectiva de que o ciclo de altas chegou ao seu fim. A trajetória da taxa e nossas projeções atualizadas podem ser conferidas aqui.

Brasil

O Produto Interno Bruto se manteve praticamente estável (+0,1%) no terceiro trimestre, na série livre de influências sazonais.

Neste terceiro trimestre, confirmou-se a expectativa de uma menor força do setor agropecuário, fruto do esgotamento dos efeitos da safra de soja da primeira metade do ano. Observamos, no entanto, pela ótica da demanda, um desempenho satisfatório do consumo das famílias (+1,1%) e do governo (+0,5%) conjuntamente, porém, a uma desaceleração profunda dos investimentos (-2,5%).

Dessa forma, mantivemos a nossa projeção de crescimento para 2023 em 3,2%. Para 2024, esperamos um crescimento de 1,7% (ante a uma projeção de 1,8%).

A produção industrial avançou levemente em outubro (+0,1%). Já o varejo restrito voltou a recuar na margem (-0,3%), juntamente do volume de serviços, que recuou pelo terceiro mês consecutivo (-0,6%).

À frente, o cenário de curtíssimo prazo é de uma indústria ainda oscilante, mas que tende a se beneficiar da flexibilização dos juros e melhora do ambiente econômico. Para serviços, vemos uma desaceleração natural para um setor que opera em patamares elevados, porém com expectativas positivas à frente, tanto em razão da recomposição da renda e do mercado de trabalho como, também, da demanda sazonal característica do fim de ano. Similarmente para o varejo, esta dinâmica deve continuar a beneficiar seus segmentos mais sensíveis à renda, e, mais adiante, o panorama deve se mostrar benigno para seus segmentos sensíveis ao crédito com flexibilização dos juros em curso.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,28% em novembro. Com o resultado, o IPCA acumula uma alta de 4,68% nos últimos doze meses e de 4,04% no ano. O resultado do mês indica uma inflação propelida pelo grupo de Alimentos e Bebidas, pressionados, de forma geral, pelos efeitos do El Niño e da demanda externa nas cotações, em especial de insumos agrícolas e proteína animal.

À frente, entendemos que o El Niño deve continuar a pressionar os preços de bens mais voláteis em especial agrícolas, pelo lado da oferta, agindo em conjunto com pressões originadas no cenário externo, em razão da instabilidade no mercado global proporcionada pelos conflitos ainda em curso.

Política

Divulgado no último dia 11, o resultado do Índice de Governabilidade (I-Gov) ficou em 43%, superior ao de outubro (42%) e no mesmo patamar de setembro. No que tange a dimensão legislativa, Lula atingiu a marca de 15%, onde segue encontrando suas maiores dificuldades, enquanto na dimensão jurídica, alcançou os 63%. Por fim, na dimensão da opinião pública, Lula recuou levemente para o nível de 52%, ainda acima da faixa do 50%, porém aquém dos resultados de seus primeiros mandatos.

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