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4E RADAR OUT/2022

Internacional

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou novos prospectos para a economia global e para os
centros mais relevantes.

Apesar do recuo no PIB global no segundo trimestre – puxado por resultados negativos nos Estados Unidos, na China e no leste europeu – o FMI manteve sua perspectiva de crescimento neste ano estável,  mas pontuou que um avanço em 2023 será atravancado por três obstáculos: as consequências da guerra na Ucrânia, a disparada no custo de vida causado por uma inflação resistente e a desaceleração da economia chinesa. Com efeito, o FMI espera que a economia global cresça 3,2% em 2022, seguido por uma desaceleração em 2023 – ano para o qual é esperado um avanço de 2,7% (-0,2 p.p. ante a projeção de julho).

 

Brasil

A produção industrial caiu em agosto, retraindo-se 0,6% frente a julho na série livre de influências sazonais. Projetamos cenário negativo para as manufaturas ao longo do segundo semestre, corolário do encarecimento das linhas de financiamento para pessoas físicas e jurídicas, arrefecimento da atividade em nível global – impactando desfavoravelmente a indústria extrativa -, e a tendência de desaceleração nas vendas do varejo.

O volume de serviços avançou 0,7% em agosto. Com o resultado, o setor de terciário passou a operar em patamar 10,1% superior ao do pré-pandemia e apenas 0,9% abaixo do verificado em seu momento de maior aquecimento, em 2014.

Em agosto, as vendas no varejo recuaram tanto na modalidade restrita (-0,1%) quanto na ampliada (-0,6%), nas séries livres de influências sazonais. Prospectivamente antevemos panorama negativo para as varejistas. De um lado, as famílias parecem inclinadas a manter um dispêndio maior com serviços em detrimento de bens. De outro, cenário delineado por taxa Selic elevada e aceleração no nível de endividamento e inadimplência tendem a reduzir renda disponível dos consumidores.

O IPCA recuou pelo terceiro mês consecutivo, registrando -0,29 em setembro. A queda refletiu o comportamento dos combustíveis (-8,50%) e a desaceleração no preço dos alimentos e bebidas (-0,51%), impulsionados sobretudo pelas variações negativas no valor do leite longa vida (-13,71%) e do óleo de soja (-6,27%).

 

A taxa de desemprego encerrou o trimestre até agosto em 8,9% – o menor valor para o mês desde agosto 2015. Dado o bom momento do mercado de trabalho e nossas perspectivas renovadas para este ano, julgamos que a taxa de desocupação permanecerá em trajetória descendente até dezembro, puxada por um avanço da ocupação em segmentos mais atrasados na recuperação.

Em agosto, o CAGED indicou a criação líquida de 278,6 mil postos formais de trabalho, fruto de aproximadamente 2,1 milhões de admissões e 1,7 milhão de desligamentos.

O setor público reportou um déficit primário de R$ 30,3 bilhões em agosto, ante ao um saldo positivo de R$ 18,2 bilhões somados no mesmo período do ano passado.

 

Política

Bolsonaro confirma melhora nas pesquisas de avaliação de governo e se aproxima dos limites que elevam as chances de reeleição, que hoje é absolutamente real.

Eleição está aberta e Lula e Bolsonaro estão, na terceira semana do segundo turno, em condição muito equilibrada.

 

BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: 4E Consultoria

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