Tesouro Direto: aumento da Taxa Selic puxa juros de títulos públicos para baixo
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de aumentar a taxa básica de juros, Selic, para 11,75%, foi sentida no mercado de títulos públicos negociados no Tesouro Direto, nesta quinta-feira (17). A autoridade monetária anunciou, ainda, que uma nova alta de 1 ponto percentual deve ser adotada na próxima reunião.
Os investidores acompanham, ainda, os desdobramentos do conflito entre a Rússia e Ucrânia, que estão em negociação há alguns dias, mas não chegaram a nenhum acordo de paz até então.
Com isso, por volta das 12h, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2025 oferecia retorno de 12,43% ao ano, valor abaixo dos 12,55% registrados na sessão anterior. O papel foi o que mais recuou, entre a classe.
Já entre os atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2055, o papel mais longo, operada na estabilidade. No mesmo horário, pagava o retorno real de 5,91%, mesmo valor oferecido ontem. A remuneração real oferecida pelo Tesouro IPCA+ 2035 e 2045, por sua vez, passava de 5,88% para 5,86%.
Vale lembrar que tanto nos papéis prefixados como naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.