Taxa de desemprego fica em 9,8% no trimestre móvel até maio, diz IBGE
A taxa de desemprego no país ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio de 2022, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em fevereiro, de 11,2%) e também abaixo do resultado de maio de 2021 (14,7%). No trimestre encerrado em abril, a taxa estava em 10,5%. A taxa de 9,8% é a menor para um trimestre encerrado em maio desde 2015 (8,3%).
O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 30 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma taxa de 10,2% no trimestre encerrado em maio. O intervalo das projeções ia de 9,9% a 10,5%.
No trimestre até maio, o país tinha 10,6 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 11,5% frente ao trimestre anterior (menos 1,4 milhão de pessoas) e queda de 30,2% frente a igual período do ano anterior (menos 4,6 milhões de pessoas).
Entre março e maio, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 97,5 milhões de pessoas, recorde para a série histórica, iniciada em 2012. Isso representa um avanço de 2,4% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em fevereiro (mais 2,3 milhões de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre do ano anterior, subiu 10,6% (9,4 milhões de pessoas).
Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 108,1 milhões no trimestre até maio de 2022, 0,8% a mais do que no trimestre imediatamente anterior (mais 897 mil pessoas), e 4,6% acima de igual período do ano anterior (mais 4,8 milhões de pessoas). Foi o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho no período de março a maio de 2022 registrou recorde para a população ocupada, a menor taxa de desemprego para o período desde 2015 e a menor taxa de subutilização desde 2016. Os dados são parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego no país ficou em 9,8%, a menor para um trimestre encerrado em maio desde 2015 (8,3%). O resultado também ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em fevereiro, de 11,2%) e do resultado de maio de 2021 (14,7%).
Já a população ocupada teve crescimento 2,4% no período de março a maio de 2022, ante o trimestre imediatamente anterior, e atingiu 97,5 milhões de pessoas, o maior contingente já registrado em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Foi uma diferença de 2,3 milhões de pessoas.
Outro marco do período foi a chamada taxa de subutilização, que ficou em 21,8% da força de trabalho ampliada do país (que soma a força de trabalho com a força de trabalho potencial). O contingente de trabalhadores subutilizados, também chamada de “mão de obra desperdiçada”, compreende desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e os trabalhadores que não buscam emprego, mas gostariam de trabalhar.
A taxa de 21,8% foi a menor para um trimestre encerrado em maio desde 2016, quando ficou em 20,5%.
Fonte: Valor Investe