Segurança cibernética segue como prioridade para instituições financeiras em 2022
Tecnologias de segurança cibernética devem seguir como prioridade de investimento em todas as instituições bancárias ouvidas pela Pesquisa de Tecnologia Bancária 2022, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). É um resultado similar ao percebido em 2021 – à época, todos os bancos ouvidos pela pesquisa também colocaram a segurança cibernética como foco de atenção.
A diferença é que, em 2022, dois novos setores ganham espaço nos bancos: a Inteligência Artificial (IA) e o 5G – 100% das instituições participantes colocaram os setores como primordiais. No ano passado, a IA era foco de apenas 78% das instituições ouvidas, enquanto tecnologias 5G só foram aplicadas por 17% dos bancos.
O levantamento, feito em parceria com a Deloitte, ouviu 24 bancos, o que corresponde a 90% dos ativos bancários do país, e foi divulgado nesta terça-feira (5). Participaram do monitoramento, em adição às instituições financeiras, 34 executivos atuantes na área de tecnologia bancária de 18 bancos concederam as entrevistas para a parte qualitativa. Para este ano, complementam a lista de prioridades as tecnologias de Cloud Pública (94%) e Big Data (94%).
“Investimentos robustos em tecnologias de ponta têm proporcionado a criação de produtos e soluções bancárias inovadores para o mercado. Continuaremos ajudando o cliente na inclusão digital para que ele tenha, de forma ininterrupta, acesso a serviços com mais eficiência e maior valor agregado”, elabora Rodrigo Mulinari, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban.
Além disso, oferecer um ambiente seguro sempre esteve no core do sistema bancário nacional, ressalta Isaac Sidney, presidente da Febraban. “A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar mais de 100 bilhões de transações a cada ano com segurança. Os bancos contam com o que há de mais moderno em relação a segurança cibernética e prevenção a fraudes e usam tecnologias de ponta em processos de prevenção de riscos para que milhões de pessoas continuem fazendo suas operações financeiras do dia a dia com comodidade e tranquilidade, sem precisarem sair de suas casas”.
Os resultados divulgados nesta terça fazem parte da primeira etapa da Pesquisa de Tecnologia Bancária, que, em 2022, será dividida em três momentos: na próxima fatia, o levantamento deve trazer detalhes sobre os investimentos feitos em tecnologia pelos bancos em 2021, enquanto na terceira e última parte será divulgado um raio-x das transações bancárias feitas pelos brasileiros no ano passado.
Para os ouvidos pela Febraban, o Open Finance também ganha certa relevância, uma vez que 78% dos respondentes colocam o sistema, que cria novos modelos de negócios digitais, como prioridade.
“No Open Finance, Inteligência Artificial e Cloud serão fundamentais na criação das capacidades necessárias para que os bancos explorem o valor dos dados compartilhados. As estratégias das instituições financeiras começam a ser articuladas e espera-se que a adoção dos clientes aumente à medida que os consumidores percebam os benefícios do compartilhamento”, avalia Sérgio Biagini, sócio-líder para a indústria de serviços financeiros da Deloitte.
Fonte: Valor Investe