Previdência Privada: como fazer investimentos para sua aposentadoria?
Esse é o seu caso? Se sim, é importante planejar investimentos para a aposentadoria. Afinal, o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode não ser suficiente para manter sua vida financeira estável.
Nesse contexto, uma alternativa muito procurada é a Previdência Privada. Um dos papéis mais frequentes dessa modalidade de investimento é ser uma fonte de renda na aposentadoria ou complemento do INSS. Mas, apesar de ser bastante conhecido, ainda existem muitas dúvidas sobre esse investimento.
Você quer entender melhor quais são os possíveis caminhos para cuidar melhor do seu futuro? Continue a leitura e confira as principais informações sobre como investir para se aposentar por meio da Previdência Privada!
O que é e como funciona a Previdência Privada?
A Previdência Privada ou Previdência Complementar consiste em uma modalidade de investimento coletiva, com foco em longo prazo.
Por meio de fundos específicos para essa finalidade, é possível investir de maneira recorrente ao longo dos anos e usufruir do montante alocado no futuro. Por esse motivo, os planos de Previdência costumam ser interessantes para o planejamento da aposentadoria.
O investimento também pode ajudar em outros objetivos. Por exemplo, no planejamento sucessório. Isso porque é possível incluir beneficiários no plano de Previdência. Assim, em caso de morte do titular e se o plano ainda estiver na fase de contribuições, o saldo pode ir diretamente para os beneficiários, sem passar por inventário.
A proposta geral da Previdência Privada é que o investidor tenha um tempo de acúmulo de patrimônio e, posteriormente, conquiste uma fonte de renda passiva. No momento do recebimento do benefício, é possível optar por resgatar todo o montante de uma vez ou receber o valor em forma de renda mensal.
Assim, ao entrar em um plano de Previdência, você passa a investir mensalmente junto a outros investidores. Os montantes investidos no fundo são geridos por um profissional, que seleciona as alternativas do mercado financeiro mais adequadas à estratégia do veículo de investimento.
O titular do plano pode saber quais são os tipos de investimentos selecionados, mas não tem a liberdade para escolher ou alterar os ativos que fazem parte da carteira. Desse modo, é importante saber que os fundos de Previdência não são iguais — e a escolha do produto previdenciário ideal depende das suas características individuais.
Isso porque cada fundo conta com estratégias e perfil de risco distintos. Por esse motivo, antes de selecionar um plano de Previdência, é preciso fazer o teste de perfil de investidor para saber qual o fundo mais indicado para o seu caso, combinado?
Quais são os tipos de Previdência Privada?
Uma das informações importantes sobre a Previdência Privada é que ela pode ser classificada como Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Uma das características que diferencia os dois tipos de planos é a tributação do Imposto de Renda (IR).
O PGBL é mais adequado para pessoas que fazem a declaração de IR anual completa, pois ele oferece a possibilidade de abater da base de cálculo até 12% da renda tributável por ano. Já no momento do resgate há a dedução do imposto sobre o total acumulado, o que inclui aportes e rendimentos.
Por outro lado, o plano VGBL é o mais utilizado por pessoas que não declaram o IR ou fazem a declaração simplificada. Nesse caso, não há dedução da renda, mas o imposto no resgate é cobrado apenas sobre os rendimentos.
Como funciona a tributação dos planos?
Além da diferenciação entre os planos, a tributação do IR também conta com distinções na forma de cobrança de imposto sobre a renda resgatada. Nesse ponto, o investidor pode escolher entre a tabela regressiva (definitiva) e a tabela progressiva (compensável).
Na tabela progressiva a alíquota depende do valor do resgate, semelhante ao que acontece no IR cobrado sobre a renda anual das pessoas, aumentando conforme o valor do saque. Para planos de recebimento mensal, a determinação em 2021 era a seguinte:
- até R$ 1.903,98 — isento;
- de R$ 1.903,98 até R$ 2.826,65 — 7,5%;
- de R$ 2.826,65 até R$ 3.751,05 — 15%;
- de R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 — 22,5%;
- acima de R$ 4.664,68 — 27,5%.
Por outro lado, a tabela regressiva tem a sua alíquota reduzida conforme o tempo que a aplicação é mantida. Fica assim:
- até 2 anos — 35%;
- 2 a 4 anos — 30%;
- 4 a 6 anos — 25%;
- 6 a 8 anos — 20%;
- 8 a 10 anos – 15%
- Acima de 10 anos — 10%.
Como investir em Previdência Privada?
Como vimos, a Previdência Privada pode ter diferentes características. Portanto, para investir nessa alternativa, primeiramente é importante conhecer o seu perfil de investidor e definir quais planos se encaixam melhor à você e aos seus objetivos.
Além desses fatores, também é essencial observar que os fundos costumam ter taxas de administração, responsáveis por remunerar a gestão. Por isso, avalie as cobranças para comparar as condições e encontrar a alternativa com melhor relação custo-benefício, certo?
Por fim, também vale a pena conhecer o histórico do fundo para saber quais são os resultados conquistados. Perceba que ganhos passados não garantem o mesmo comportamento no futuro, mas conhecer a trajetória do produto ajuda a identificar o que esperar para o longo prazo.
Após estudar todos esses fatores e encontrar o melhor plano para o seu caso, o passo seguinte é formalizar a decisão — iniciando os aportes e trabalhando pelo acúmulo do seu patrimônio.
Existem outras formas de planejar a aposentadoria?
Agora que você já conhece mais sobre a Previdência Privada, entendeu que ela é um fundo de investimentos com foco em médio e longo prazo, e que pode ser interessante para quem busca planejar a aposentadoria, não é?
Entretanto, esse planejamento para a longevidade também pode ser feito de outras formas. Isso porque o mercado financeiro conta com muitas alternativas de investimentos que podem ser adequadas para as mais diversas necessidades.
Por isso, se você deseja realizar investimentos para a aposentadoria, pode compor o seu próprio portfólio, selecionando ativos — de renda fixa ou variável — que tenham foco em prazos maiores. É possível encontrar opções mais conservadoras, moderadas ou até mesmo arrojadas.
Para escolher de forma consciente — sejam planos de Previdência ou não —, foque nas alternativas mais alinhadas ao seu perfil de investidor e objetivos. A partir da definição da sua capacidade de poupança, dos prazos e da tolerância ao risco, você poderá formar uma carteira de investimentos diversificada e adequada às suas expectativas.
Após compreender mais sobre a Previdência Privada e as demais formas de fazer investimentos para a sua aposentadoria, você já tem condições de se preparar para ter mais tranquilidade no futuro. Essa organização financeira é essencial — e buscar as melhores alternativas de fazer seu patrimônio crescer é um passo importante.
Fonte: Como Investir | ANBIMA
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