Mais da metade das famílias precisaram de dinheiro para emergências em 2021, aponta Anbima
A pandemia da covid-19 impactou negativamente as finanças dos brasileiros e brasileiras em 2021. Mais da metade da população (54%) precisou de dinheiro para alguma emergência no ano passado, segundo a pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha.
O porcentual é maior nas classes A e B, que representam um quarto dos entrevistados. Neste grupo, 58% tiveram que buscar recursos para uma urgência e a maioria (45%) retirou dinheiro de aplicações financeiras ou de outras reservas que tinha antes da pandemia.
Já o cheque especial, o limite dos cartões de crédito e até novos empréstimos foram a segunda principal ferramenta financeira (28%) utilizada por pessoas dessa faixa de renda. E vender algum bem foi a opção de 13% da amostra das classes A e B que tiveram que buscar recursos para emergências no ano passado.
O comportamento é parecido quando se analisa as respostas das pessoas da classe C: nessa faixa, 57% precisaram realizar alguma atitude para ter dinheiro para emergências e também a maioria (43%) retirou recurso de suas aplicações ou reservas; 28% recorreram ao cheque especial ou cartão de crédito e 14% venderam algum bem.