Inflação medida pelo IGP-10 sobe 0,05% em janeiro
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), registrou inflação de 0,05% em janeiro.
No mês anterior, a taxa havia sido de 0,36%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 4,27% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice subira 1,79% no mês e acumulava elevação de 17,82% em 12 meses.
“Ainda que os preços de importantes commodities estejam em elevação ao produtor, como minério de ferro (11,92%), bovinos (2,40%), café (5,23%) e feijão (10,30%), a queda registrada nos preços dos combustíveis, especialmente gasolina (-5,31%) e Diesel (-7,15%), ajudaram a conter o avanço da taxa do índice ao produtor, que registrou queda de 0,06% nesta edição. Este resultado favoreceu a desaceleração da taxa em 12 meses do IGP-10, a qual está em 4,27%, sendo o menor resultado para o IGP-10 desde novembro de 2019, quando acumulava alta de 3,33%”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.
Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) caiu 0,06% em janeiro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,31%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,30% em dezembro para -0,59% em janeiro.
A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,52% para -1,03%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,33% em janeiro. No mês anterior, a taxa foi de 0,35%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,40% em dezembro para -1,33% em janeiro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,56% para -6,66%.
O índice de Bens Intermediários “ex”, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,18% em janeiro, após queda de 0,36% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,12% em dezembro para 1,87% em janeiro. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: café em grão (-8,37% para 5,23%), minério de ferro (12,08% para 11,92%) e bovinos (-0,31% para 2,40%).
Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (-0,14% para -1,13%), laranja (0,66% para -8,59%) e aves (-1,14% para -3,41%).
Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,47% em janeiro. Em dezembro, o índice variara 0,58%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,85% para 0,06%), Alimentação (1,12% para 0,67%), Habitação (0,46% para 0,12%) e Despesas Diversas (0,49% para 0,10%).
As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (1,82% para -0,71%), hortaliças e legumes (11,79% para 4,04%), tarifa de eletricidade residencial (1,58% para -0,53%) e serviços bancários (0,76% para 0,00%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,45% para 1,13%), Comunicação (0,11% para 0,73%), Vestuário (0,35% para 0,87%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,69%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: cursos formais (0,00% para 2,49%), tarifa de telefone móvel (-0,10% para 0,92%), acessórios do vestuário (-1,13% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,51% para 0,71%).
Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) variou 0,14% em janeiro. No mês anterior a taxa foi de 0,36%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,27% para -0,14%), Serviços (0,35% para 0,44%) e Mão de Obra (0,44% para 0,34%).
Foram comparados os preços coletados de 11 de dezembro a 10 de janeiro com os de 11 de novembro a 10 de dezembro.
Fonte: Valor Investe