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Fundos de investimento retomam recuperação após pausa em setembro

Os fundos de investimento voltaram a apresentar captação líquida positiva na primeira metade deste mês, depois do tombo de setembro.

Segundo dados da Anbima, nas duas primeiras semanas do mês houve saldo positivo de R$21,7 bilhões.

O resultado positivo foi atingido basicamente por conta dos aportes de R$25,4 bilhões realizados na segunda semana do mês.

Se o desempenho positivo se confirmar até o final do mês, os fundos terão sua recuperação retomada depois do tombo de setembro.

Fundos de investimento

No mês passado, o saldo ficou negativo em R$13,6 bilhões, depois de dois resultados positivos consecutivos, julho e agosto – o que não acontecia desde março e abril do ano passado.

Na segunda semana do mês, a renda fixa sozinha teve R$ 28,2 bilhões de captação líquida.

A classe foi seguida pelos FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), com R$ 2,3 bilhões (R$ 2,4 bilhões em um único fundo).

Depois vem os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com R$ 52,8 milhões.

Fecharam com saídas líquidas: multimercados (R$ 4,1 bilhões), ETFs (Exchange Traded Funds), com R$ 606,9 milhões, fundos de previdência (R$ 411,1 milhões), cambiais (R$ 57,1 milhões) e fundo de ações (R$ 27,7 milhões).

“Eu acho que a gente passou por um momento de fluxo de investidores que talvez tenha sido um dos mais difíceis para todas as classes ao mesmo tempo no início deste ano”, diz Bruno Mérola, analista da Empiricus.

“Essa mudança obviamente, na minha visão, ela tem uma relação umbilical aqui com a queda de juros”, completa.

A avaliação é compartilhada por Mayara Ranni Sekertzis, head de fundos e previdência da Manchester Investimentos.

“A indústria de fundos como um todo, independente das categorias, sofreu  bastante no primeiro semestre deste ano.”

“Agora a gente já está vendo um pouco esse processo contrário. A renda fixa, de abril para maio, já começou a trazer retornos muito atrativos, por conta de todos os movimentos, desses spreads que abriram no mercado.”

A pausa na recuperação em setembro é explicada por Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital, como resultado, entre outros fatores, do aumento dos juros dos títulos dos EUA.

E, daqui para frente, na sua opinião, esse movimento deve continuar impactando o mercado.

“Como o juro lá (nos Estados Unidos) subiu de longo prazo, todos os juros do mundo sobem. E isso com certeza altera a perspectiva de performance de ativos de risco no mundo, não só no Brasil, mas no mundo”, diz Fonseca.

Fonte: Capital Aberto

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