Emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura soma R$ 1,9 bi em março
O estoque registrado desde 2012, quando os papéis foram criados, até o momento, é de R$ 128 bilhões
As emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura somaram R$ 1,9 bilhão em março, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta terça-feira (11). Assim, o volume emitido no ano chega a R$ 7,7 bilhões. O estoque registrado desde 2012, quando os papéis foram criados, até o momento, é de R$ 128 bilhões.
No mês, foram emitidas 10 debêntures dos setores de energia, transporte, saneamento e telecomunicações, informou o ministério. Das emissões realizadas este ano, 44% foram no setor elétrico, seguido por 42% em transportes, 11% de saneamento e 3% em telecomunicações.
Segundo dados do Ministério da Economia, a remuneração média das debêntures ficou em IPCA mais 5,3% este ano. Em 2020, a remuneração média ficou em IPCA mais 5,2% ao ano.
O prazo médio dos papéis emitidos este ano ficou em 10,7 anos. No ano passado foi de 11,6 anos. A pasta considera que há uma tendência de alta no prazo médio, levando em consideração a trajetória observada desde 2012.
O giro das debêntures incentivadas no mercado secundário em março foi de 5,2% do estoque, ante 2,3% dos papéis não incentivados.
No corte por tipo de investidor, a participação das pessoas físicas alcançou R$ 31,6 bilhões até março de 2021, correspondendo a 29% das debêntures incentivadas de infraestrutura distribuídas desde 2012. As instituições financeiras detêm R$ 23,3 bilhões, ou 21,21% do estoque. Os fundos de investimento detêm R$ 21,4 bilhões, 19,48% do total.
No ano, a participação dos investidores pessoa física alcançou o montante de R$ 1,5 bilhão, equivalente a 20% do total distribuído no ano.
Ainda conforme o Ministério da Economia, março registrou o ingresso líquido de 9.206 cotistas nos Fundos de Infraestrutura, totalizando 169.580.
Os investimentos associados às debêntures autorizadas pelo governo somam R$ 574,3 bilhões. Desse total, R$ 365,3 bilhões em investimentos estão vinculados debêntures de infraestrutura já emitidas. Assim, há um potencial R$ 209 bilhões em investimentos a serem realizados a partir de papéis que ainda não foram emitidos.
Fonte: Valor Investe
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