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Economistas fazem ressalvas a congelamento de combustível

Economistas veem com ressalvas a ideia do governo de congelar preços dos combustíveis em meio às pressões adicionais da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre o petróleo. Existe o temor de que a medida apenas adiará a inflação, como aconteceu após controles impostos no governo de Dilma Rousseff, comprometendo expectativas de inflação e embaralhando a política monetária. Mas há também o reconhecimento de que, se a medida for explicitamente temporária e combinada a outras iniciativas, pode ser válida, considerando que o choque de preços ao consumidor será muito forte caso a commodity permaneça nos níveis atuais por mais tempo.

“Não apoio muito essas medidas porque no passado não funcionaram, só geraram ambiente de maior incerteza e obrigaram a transferir a inflação do presente para o futuro. Isso complica expectativa de inflação, previsões e sobrecarrega a estratégia de política monetária”, afirma André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Com a inflação postergada, a meta do ano que vem ficaria comprometida, desalinhando a política monetária, diz ele. “Vai aumentar juros para convergir na meta do ano que vem, quando haverá um impacto desse reajuste [que foi adiado], o que faz com que a meta nunca seja batida.”

Fonte: Valor Investe

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