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BlackRock amplia cardápio de investimento no exterior e lança 26 BDRs de ETFs – uma senhora sopa de letrinhas

Na diversificação geográfica e cambial, além dos ativos expostos aos Estados Unidos, a nova lista traz também BDRs de ETFs de mercados emergentes, China, Austrália, Canadá, Suíça e França

Os investidores brasileiros, que estão com apetite cada dia maior para aplicações no exterior, vão ganhar novas possibilidades de diversificação a partir de segunda-feira (3 de maio) com a estreia de 26 novos BDRs de ETFs na B3, a bolsa brasileira, pelas mãos da BlackRock, maior gestora de recursos do mundo.

“Os investidores fizeram uma leitura do quanto esse instrumento de investimento é eficiente e de baixo custo. Mesmo para os investidores institucionais, os BDRs de ETFs permitem uma gestão de portfólios também muito eficiente e embasada em estratégias consistentes. Esse entendimento do quanto isso pode ajudar os investidores nos levaram a mais esse passo de aumentar gradualmente a oferta desses ativos”, disse Carlos Takahashi, presidente da BlackRock Brasil, ao Valor Investe.

Se perdeu na sopa de letrinhas? BDR é uma sigla em inglês para Brazilian Depositary Receipts, ou seja, recibos de ações de empresas estrangeiras. O investidor que compra um BDR está investindo de forma indireta em ativos internacionais. O ETF é uma sigla para Exchange Traded Fund, também conhecido como fundo de índice. Parece complicado, mas é simples entender: são fundos de investimento que replicam o desempenho de índices internacionais, como o S&P 500, por exemplo.

Com os 26 novos BDRs de ETFs, a gama desse tipo de produto oferecida pela BlackRock chega a 65 ativos no mercado brasileiro. No fim do ano passado, a gestora dobrou o número de BDRs de ETFs na bolsa com o lançamento de 39 BDRs de ETFs, desse total, 23 já estão disponíveis para os pequenos investidores.

O objetivo é que os lançamentos da próxima semana complementem o cardápio já disponível, adicionando novos setores e países. Entre as novidades, há um BDR de ETF atrelado a ações de dispositivos médicos, um de serviços financeiros, um ESG (sigla em inglês para padrões ambientais, sociais e de governança), um de dividendos, um de tecnologia e dois de REITs (sigla em inglês para Real Estate Investment Trust), os “primos” americanos dos fundos imobiliários.

Na diversificação geográfica e cambial, além dos ativos expostos aos Estados Unidos, a nova lista traz também BDRs de ETFs de mercados emergentes, China, Austrália, Canadá, Suíça e França.

Além da necessidade de diversificar o portfólio – independente do tamanho – com ativos descorrelacionados do mercado doméstico, Takahashi destaca que a perspectiva de recuperação das economias americanas e europeias após a crise provocada pela pandemia de covid-19 tende a aumentar a atratividade dos BDRs de ETFs desses países.

“O processo de vacinação tem ajudado muito para acelerar a retomada da economia nos Estados Unidos. Na medida que esse processo avance para a Europa, ter essas ofertas disponíveis para diversificação internacional é fundamental”, diz.

As novas ofertas, assim como os 39 lançamentos de 2020, são possíveis graças às mudanças aprovadas no regulamento para emissão desse tipo de ativos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no fim de outubro.

Fonte: Valor Investe

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