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BDR, ETF e NFT: o que esperar das siglas que fizeram sucesso em 2021? Veja as análises

O recorde de 4,2 milhões de investidores (CPF único) em 2021 não foi o único resultado que chamou a atenção no ano na B3. A queda de quase 12% do Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, ainda ecoa alto na tomada de decisão tanto de quem faz a estreia no mundo dos investimentos e não sabe onde alocar os recursos, quanto também de quem busca balancear a carteira de investimentos com eficiência.

Em se tratando de renda variável, a decisão precisa ser ainda mais meticulosa diante do cenário que todos já esperavam para 2022: um ano eleitoral no Brasil e de alta de juros global puxada pelas decisões do Federal Reserve, o banco central americano.

Valor Investe destaca três produtos desta categoria que fizeram grande sucesso em 2021 – seja pelo volume negociado, retorno ou crescente interesse – para apoiar a tomada de decisão dentro do perfil de risco e objetivo financeiro de cada investidor.

BDRs

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts ou recibos de ações listadas no exterior) existem desde 2010, mas eram restritos aos investidores qualificados (aqueles que possuem R$ 1 milhão ou mais em aplicações financeiras). Com a abertura para investidores comuns também acessarem o produto de renda variável, o interesse pelos recibos registrou forte crescimento em 2021.

Entre os diferentes tipos de BDR, a categoria “Não Patrocinado” – trazidos para o Brasil por uma instituição financeira, sem o envolvimento da companhia emissora – superou a marca dos 306 mil investidores em dezembro, segundo a B3. Do total, 304.163 eram pessoas físicas negociando esses recibos.

Para quem pensa em investir em renda variável por meio dos BDRs, o setor de tecnologia continua com relevância para os investidores.

A decisão de onde alocar recursos precisa levar em conta a posição das companhias no cenário macroeconômico global, que convive com a expectativa de juros em alta nos Estados Unidos. O impacto do câmbio – para o lado positivo e negativo – é outro fator importante.

ETF

Outra sigla que fez muito sucesso em 2021 por conta de seu crescimento e amadurecimento do mercado com maior liquidez gerados pela facilidade de acesso ao pequeno investidor foram os ETFs (Exchange Traded Funds), ou fundos negociados em bolsa com referência de um índice do mercado se tornaram “queridinhos” do universo da renda variável com a pandemia.

A possibilidade de exposição à média da soma da rentabilidade de um grupo de empresas ou de um grupo de setores – ações, renda fixa, commodities, índices imobiliários e vinculados a criptomoedas – tem sido uma das maneiras mais usadas por aqui como proteção ao longo do período de incertezas acentuadas pelos inúmeros picos do coronavírus no mundo.

Os setores de tecnologia, commodities, biotecnologia e cripto estão em alta. Já os fundos que replicam o desempenho de empresas reconhecidas por suas ações de ESG ganham relevância.

NFT

As aplicações de NFT (sigla para ‘non-fungible token’ou token não fungível, em português) evoluíram em 2021.

O comércio mundial de NFTs girou cerca de US$ 41 bilhões, apenas no ano passado. Para 2022, ainda que o cenário seja de menor liquidez do mercado financeiro e a tendência é que a inflação impacte também nos ganhos dos criptoativos, as previsões dos especialistas ouvidos pelo Valor Investe indicam que a sigla vai se afirmar na preferência dos investidores adeptos ao universo blockchain. O crescimento deve acirrar a disputa do setor de criptos, que teve um 2021 de ganhos expressivos, puxados pelas moedas mais consolidadas, como ethereum e bitcoin.

O mercado se demonstra cada vez mais ávido por fazer investimentos nessa linha. O Mercado Bitcoin, por exemplo, investiu em três iniciativas focadas na categoria do token: Block4, tropix.io e FingerprintsDAO. No exterior, a plataforma OpenSea, primeira e maior plataforma digital do mundo de compra e venda de itens digitais colecionáveis, começou o ano recebendo nova rodada de investimento e vale agora US$ 13 bilhões.

Para o investidor, os tokens estão disponíveis em plataformas próprias e, também, em alguns ETFs ligados a criptoativos, como em fundos multimercados que oferecem exposição diferenciada às criptomoedas.

Fonte: Valor Investe

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