Atividade econômica no setor de serviços nos EUA expande acima do consenso em janeiro
O índice de atividade do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) subiu de 49,2 em dezembro a 55,2 em janeiro, retornando ao patamar de expansão – indicado pelo nível superior a 50. Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) que também mede a atividade do setor de serviços norte-americano subiu de 44,7 em dezembro a 46,8 em janeiro, segundo divulgação do S&P Global nesta sexta-feira (3).
Ambos os resultados vieram acima das previsões de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal” para os índices. No caso do dado do ISM, a previsão era de alta a 50,6, considerando que o dado de dezembro foi revisado para baixo após apresentar 49,6 na leitura inicial.
Já para o PMI do S&P Global era esperada uma leitura de 46,6, então o resultado do último mês veio um pouco acima das estimativas. Leituras abaixo de 50 indicam que a atividade do setor continua em contração.
A principal diferença entre os índices é de escopo da cobertura setorial. Enquanto o S&P Global para o setor de serviços inclui apenas dados fornecidos por empresas que operam na economia de serviços dos EUA, abrangendo uma variedade de serviços ao consumidor, empresariais e financeiros fornecidos pelo setor privado (ou cobrados de outra forma), o ISM mede qualquer atividade que não seja a manufatura.
ISM
A alta no índice do setor de serviços divulgada pelo ISM foi puxada especialmente pelos subíndices de novas encomendas, que subiu de 45,2 a 60,4, e de novas encomendas de exportação, após avanço de 47,7 a 59,0.
O subíndice de atividade/produção também teve alta robusta, de 53,5 a 60,4. O de preços foi um dos dois únicos que mostrou recuo, de 68,1 a 67,8.
S&P Global
“A atividade comercial na vasta economia de serviços dos EUA contraiu em janeiro, à medida que as empresas relataram uma deterioração adicional nos fluxos de novos negócios”, explica o economista-chefe de negócios da S&P Global Market, Chris Williamson, em comunicado.
Segundo ele, a contração tem sido liderada pela atividade de serviços financeiros, que responde a custos de empréstimos mais altos. Já quanto à inflação, a leitura de janeiro trouxe “sinais mistos”, diz Williamson.
“Os custos foram impulsionados em parte pelo aumento das pressões salariais, refletindo o mercado de trabalho apertado, mas a forte concorrência mais uma vez limitou o escopo de repasses a clientes na forma de preços mais altos”, conclui o economista.
Fonte: Valor Investe
By: Gabriel Caldeira