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Ibovespa fecha em queda de olho em dados do exterior

Fonte: exame.invest

Por: Janize Colaço

 

ASPAS DE LEANDRO ORMOND

 

Ibovespa iniciou esta semana e o mês de abril em baixa. No fechamento do mercado, o principal índice da bolsa de valores fechou abaixo dos 127 mil pontos. Sem grandes divulgações, o pregão repercutiu dados publicados nos Estados Unidos na última sexta, bem como o discurso do presidente da sua autoridade monetária. Além disso, por aqui, as movimentações das empresas fizeram preço ao índice.

Na última sexta-feira, índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) dos EUA avançou 0,3% em fevereiro ante janeiro, abaixo da previsão de alta de 0,4%, e o núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% no mesmo período, em linha com a projeção. Na comparação anual, o PCE avançou 2,5% em fevereiro, ante 2,4% em janeiro, e o núcleo subiu 2,8%, ante 2,9% revisado.

Ibovespa hoje

IBOV:-0,87%, aos 126.990 pontos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da Stonex, explica que a desaceleração apontada no núcleo do indicador fez com que não houvesse mudanças na expectativa dos investidores sobre o corte de juros americanos. “As apostas ainda mostram três cortes para o ano de 2024, a começar pelo mês de junho.”

Na sexta-feira, o dirigente Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, afirmou que dependerá exclusivamente dos dados e do desempenho da economia a definição sobre o momento para cortes de juros, e não de calendários políticos. Ele alertou que a autoridade monetária pode, inclusive, estender o período de manutenção da política restritiva, se não houver progresso na redução da inflação.

Ainda nos EUA, o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria, medido pelo pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) subiu de 47,8 pontos em fevereiro para 50,3  pontos em março. As projeções dos analistas eram de um avanço a 48,5. Já o PMI da indústria americana medido pela S&P Global caiu de 52,2 em fevereiro a 51,9 em março, ante previsão de 52,5. “Os números sugerem uma atividade econômica ainda forte, pressionando as expectativas dos juros e fortalecendo o dólar”, diz Leandro Ormond, analista da Aware Investments. Nesta segunda, a divisa americana fechou com alta de 0,87%, a R$ 5,059.

Enquanto isso, na China, o PMI industrial avançou para 50,8 em março, apontando a primeira expansão na manufatura após cinco meses de contração. Já a leitura da S&P Global/Caixin subiu para 51,1 no mês passado, atingindo o maior patamar desde fevereiro de 2023. Com números acima das expectativas, o minério de ferro fechou as negociações na bolsa chinesa de commodities, a Dalian, com alta de 2,61%. E esse avanço trouxe reflexos positivos às mineradoras e siderúrgicas do Ibovespa hoje.

No Brasil, enquanto o dia foi de agenda vazia, o foco ficou por conta dos próximos dias. Estão programados o boletim Focus, na terça; a produção industrial de fevereiro e o IPC-Fipe de março, na quarta; o fluxo cambial, a balança comercial em março, o saldo da conta corrente e o IDP de fevereiro, na quinta; o IGP-DI de abril e os dados do setor público consolidado em fevereiro, na sexta-feira.

Maiores altas do Ibovespa

Entre as ações que mais subiram hoje, destaque para a Hapvida, que ficou na liderança depois de reportar um lucro de R$ 330,5 milhões no 4T23. Outro papel que se destacou foi o IRB. “O presidente da empresa afirmou que a companhia pode distribuir dividendos a partir do ano que vem, o que animou os investidores do papel, mesmo tendo fechado 2024 com prejuízo”, diz Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.

  • Hapvida (HAPV3): +6,49%
  • IRB (IRBR3): +2,44%
  • Casas Bahia (BHIA3): +2,36%

Maiores quedas do Ibovespa

  • LWSA (LWSA3): -6,34%
  • CVC (CVCB3): -5,86%
  • Raízen (RAIZ4): -5,08%
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