Pesquisa do BofA indica investidores ampliando exposição a ativos ligados ao ciclo de crescimento
28 de junho de 2021Pesquisa do BofA indica investidores ampliando exposição a ativos ligados ao ciclo de crescimento
17/05/2021
Segundo o banco, a proporção de gerentes otimistas em relação às perspectivas econômicas ficou em 84%, pouco abaixo dos 90% da leitura anterior, mas ainda bem elevada
Uma pesquisa conduzida pelo Bank of America (BofA) revela que os gerentes de fundos de investimentos americanos seguem bastante otimistas em relação às perspectivas de crescimento da economia americana e apostam cada vez mais em ativos ligados ao ciclo de crescimento, com alta exposição a commodities, bancos e os setores industrial e de materiais.
De acordo com a pesquisa global de gerentes de fundos do BofA para maio, a proporção de gerentes otimistas em relação às perspectivas econômicas ficou em 84% – um pouco abaixo dos 90% da leitura anterior, mas ainda bem elevada -, com uma proporção recorde de 69% deles esperando crescimento e inflação acima da tendência histórica.
A proporção de participantes da pesquisa que esperam que os lucros corporativos melhorem nos próximos 12 meses recuaram em 6 pontos percentuais, mas segue próxima da máxima histórica, a 78%.
A pesquisa aponta que os investidores ampliaram bastante as suas posições em commodities, bancos e materiais, que são setores mais ligados ao ciclo de crescimento econômico, refletindo o otimismo em relação às perspectivas de crescimento global.
Já a porcentagem de investidores apostando em ações de tecnologia recuou à mínima de três anos.
Os dados também apontam, porém, um aumento das posições em consumo básico, com os estrategistas do BofA dizendo que estes investidores estão posicionados para um aumento da inflação, com um toque de posicionamento defensivo.
A inflação foi indicada pela maior parcela de gerentes de fundos (35%) como o principal risco “cisne negro”, seguido pelos temores de uma reação negativa à retirada de estímulos monetários (27%). Já a covid-19 foi apontada como o maior risco por apenas 9% dos participantes da pesquisa.
BY ALEXSANDER QUEIROZ SILVA
Fonte: Valor Investe