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Como investir em dólar no mercado brasileiro

15 de setembro de 2021

O dólar é a principal moeda do mundo, amplamente usada em transações comerciais e muitos investidores têm ativos relacionados ao dinheiro americano em suas carteiras. Além de ser uma forma de diversificação de ativos, investir em dólar faz muito sentido para quem vai ter despesas em moeda estrangeira no futuro, pois a pessoa fica protegida de oscilações. Mas vale lembrar que se trata de um investimento de renda variável, ou seja, tem riscos.

A forma mais comum de investir em dólar é comprando em casas de câmbio. Se o real se desvalorizar, o detentor de dólar terá o patrimônio garantido ou até mesmo valorizado no mercado doméstico. Mas a moeda americana não está imune à desvalorização causada pela inflação, além do que, em casa de câmbio, a negociação é feita com base em dólar turismo, portanto, mais cara. Mas há outras maneiras de investir em dólar. Veja algumas delas:

Fundos cambiais

São fundos de investimentos focados na questão cambial. Logo, o objetivo é acompanhar moedas. Eles permitem fugir do dólar turismo, que é mais caro para compra do que o dólar comercial. Outra vantagem é que esses fundos têm boa liquidez, ou seja, você consegue resgatar o dinheiro com rapidez, poucos dias após a solicitação de saque.

ETFs

Os ETFs (Exchange Traded Fund) são um tipo de fundo de investimento cujo foco está em acompanhar e replicar um índice econômico. Existem vários ETFs no mercado, mas, como a intenção do investidor é aumentar sua exposição ao dólar, sua procura deve ser por algum fundo que replique um índice da bolsa internacional (como o S&P 500).

BDRs

É possível comprar ações de empresas americanas na Bolsa brasileira por meio dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Funciona da mesma forma que comprar ações brasileiras. Como a maior parte dos BDRs têm preço elevado, a Bolsa tornou mais acessível esse investimento, com o mercado fracionário. A partir de R$ 50 é possível comprar um BDR de um banco americano, por exemplo.

Mercado futuro

Trata-se de uma aposta visando valorizar o montante, ainda que se corra mais riscos. No caso, não há a negociação do dólar em si, mas de contratos derivados do ativo. O investidor se compromete a comprar ou vender uma certa quantidade de dólares em uma data futura por um preço previamente combinado. Assim, ele pode comprar US$ 10 mil por um preço abaixo do mercado e então vendê-lo sob a cotação valorizada. Por outro lado, ele pode ter que comprar o dólar a um preço superior à cotação do momento e perder financeiramente. O mercado futuro é complexo, muito arriscado e por isso é usado por traders profissionais.

Ações

As ações de empresas negociadas na Bolsa brasileira também podem proporcionar exposição ao dólar na carteira de investimentos. Basta comprar papéis de companhias que tenham receita ligada à moeda. Por exemplo, empresas exportadoras ou estrangeiras negociadas na B3.

Fundos de investimento

Há fundos de investimento com forte exposição ao mercado internacional. Especialmente os fundos com estratégia multimercado, pois muitos deles incluem os investimentos em dólar, em derivativos da moeda ou em ações de empresas estrangeiras no portfólio. Assim, os ganhos também estão relacionados ao dólar.

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