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4intelligence: RADAR Setembro/2024

Internacional

Na Área do Euro, o Banco Central Europeu (ECB), optou por cortar em 0,25 pontos base a sua taxa de depósito, pela segunda vez no ano. Na região, a inflação tem se mantido dentro das expectativas, arrefecendo significativamente no cenário recente, enquanto a atividade tem se mostrado enfraquecida. Dessa forma, as taxas de juros para operações de refinanciamento, empréstimos e de depósitos, foram alteradas para, respectivamente, 3,65%, 3,90% e 3,50%.

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), teve alta de 0,2% na passagem de julho a agosto, após avanço de mesma magnitude no período anterior. Em um ano, o índice acumula variação de 2,5%.

Brasil

O Caged indicou a criação líquida de 188,0 mil novos postos formais em julho. De forma geral, o resultado do mês indica alguma desaceleração do mercado de trabalho quando comparado com o início do ano. Entendemos que um movimento de desaceleração do mercado de trabalho deve se manifestar até o fim do ano, respondendo ao menor espaço para crescimento e à manutenção da política monetária em patamares contracionistas.

O varejo restrito registrou 0,6% de alta em julho, após recuo de 0,9% no mês anterior, enquanto o volume de serviços registrou alta de 1,2%. Ao mesmo tempo, a indústria recuou 1,4% no período. Esse panorama ensejou recuo de 0,4% do IBC-Br em julho, acumulando alta de 2,0% em doze meses.

No curto prazo, enxergamos espaço para a indústria devolver parte das perdas do passado recente, que vem continuamente superando as expectativas – apesar de alguns obstáculos no horizonte, como juros em patamares contracionistas. O setor de serviços, por sua vez, deve ser sustentado pela recuperação da renda.

Para o varejo, a perspectiva a frente é menos favorável e esperamos um crescimento mais tênue dos setores sensíveis ao crédito, com juros mais altos que o esperado inicialmente para o fim de 2024, na esteirado forte desempenho da atividade no cenário recente. Nesse sentido, revisamos nossa projeção para o PIB em 2024, de 2,1% para 3,0%.

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo recuou 0,02% em agosto e acumula uma alta de 4,24% nos últimos doze meses. O movimento é reflexo, em especial, da variação nos preços do grupo de Habitação, que registrou deflação de 0,51% – sob influência da bandeira verde sobre a tarifa de energia elétrica em agosto –, bem como a do segmento de Alimentação (-0,44%), em meio ao arrefecimento dos preços dos alimentos in natura.

De modo geral, comportamento dos preços de parte dos alimentos in natura deve continuar a aliviar as pressões altistas sobre o grupo de alimentação no curto prazo. No entanto, a passagem do La Niña deve trazer cenário de forte estiagem no Centro-Sul do país, o que pode vir a pressionar a produção agrícola no ano que vem e a geração de energia elétrica.

Política

O Índice de Governabilidade (I-Gov) de agosto de 2024 fechou em 47,0% – o segundo melhor resultado do mandato de Lula. No Judiciário, o índice saltou para 77,0%, sendo a que mais influenciou no índice geral. Na dimensão legislativa, o governo apresentou piora e alcançou 16,0%, com a perda de quatro Medidas Provisórias (MP) em sua forma pura. Por fim, na dimensão da opinião pública, Lula se manteve na marca de 49,3%.

 

 

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