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4intelligence: RADAR Agosto/2024

Internacional

Nos Estados Unidos, o PIB registrou crescimento de 0,7% no segundo trimestre de 2024, ante o período anterior. Os dados demonstram uma recuperação do PIB ante o primeiro trimestre (0,4%), indicando algum aquecimento da atividade interna no período. O crescimento, assim como ao longo de todo o ano de 2023, foi impulsionado, sobretudo, pelo robusto desempenho dos gastos com consumo – o relatório informou que a renda pessoal disponível teve alta de 3,6% entre abril e junho.

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), teve alta de 0,2% na passagem de junho a
julho, após recuo (-0,1%) no período anterior. Em um ano, o índice acumula variação de 2,9%.

Brasil

O Caged indicou a criação líquida de 201,7 mil novos postos formais em junho na série livre de influências sazonais. De forma geral, o resultado do mês indica alguma aceleração pontual do mercado de trabalho. Apesar
disso, ainda permanece a perspectiva de desaquecimento sobre o mercado de trabalho como um todo durante o ano. Esta dinâmica parece responder a um aumento das incertezas na economia, bem como à deterioração das projeções de médio prazo, em linha com a ampliação dos riscos fiscais.

O varejo restrito recuou 1,0% em junho, após alta de 1,2% no mês anterior, enquanto o volume de serviços
registrou alta de 1,7%. Ao mesmo tempo, a indústria cresceu 4,1% no período. Esse panorama ensejou avanço de 1,4% do IBC-Br em junho, acumulando alta de 1,6% em doze meses.

No curto prazo, enxergamos espaço para a indústria devolver parte das perdas do passado recente, que vem continuamente superando as expectativas – apesar de alguns obstáculos no horizonte, como aumento das incertezas fiscais. O setor de serviços, por sua vez, deve ser sustentado pela recuperação da renda. No entanto, a perspectiva de juros mais altos por mais tempo pode trazer uma perspectiva menos positiva para a atividade do setor. Para o varejo, a perspectiva a frente é menos favorável e esperamos um crescimento mais tênue dos setores sensíveis ao crédito, com juros mais altos que o esperado inicialmente para o fim de 2024.

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo avançou 0,38% em julho e acumula uma alta de 4,50% nos
últimos doze meses. O movimento é reflexo, em especial, da variação nos preços do grupo de Transportes, que registrou inflação de 1,82%, sob influência dos combustíveis, bem como a do segmento de Habitação (0,77%), influenciado pelos reajustes à tarifa de energia elétrica.

De modo geral, os preços internacionais do petróleo devem se manter instáveis no futuro próximo, em linha com o panorama global mergulhado em incertezas. Adicionalmente, a passagem do La Niña, que pode se dar nos próximos meses, deve trazer cenário de forte estiagem no Centro-Sul do país, o que pode vir a pressionar a produção agrícola e e a geração de energia elétrica.

Política

O Índice de Governabilidade (I-Gov) de julho de 2024 fechou em 45,1% – o terceiro melhor resultado do mandato de Lula. No Judiciário, o índice saltou para 69,4%, apesar da inatividade nessa dimensão em meio ao recesso. Na dimensão legislativa, o governo apresentou melhora e alcançou 16,7%, com a aprovação de duas Medidas Provisórias (MP) em sua forma pura. Por fim, na dimensão da opinião pública, Lula se manteve na marca de 49,3%.

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