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Mercado está sensível à questão fiscal em todo o mundo, afirma presidente do BC

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira que “ontem foi momento em que a gente teve uma demonstração clara da sensibilidade dos mercados em relação ao fiscal”, em referência à reação negativa dos agentes financeiros à fala do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre ampliar gastos.

Segundo ele, essa sensibilidade ocorre também em outros países. “Por que tem essa sensibilidade? Porque as dívidas estão altas. As dívidas estão altas porque tiveram de ficar altas, em grande parte foram programas que precisavam ser feitos governos para atender a população num momento de pandemia, crise energética e várias coisas ao mesmo tempo. Isso é compreensível”, pontuou em evento promovido pelo CFA Society Brasil.

“Com as economias se recuperando, o que os mercados indagam é: se a gente tem uma recuperação, a gente entende que tem uma classe que tem que ser atendida, e a gente entende que teve um gasto muito grande, mas a gente quer saber qual vai ser o planejamento para frente para conseguir atender o social e ao mesmo tempo tenha equilíbrio fiscal”, ponderou.

Campos destacou que “essa é a equação que o governo tem que resolver” e que o BC “vai trabalhar junto e ajudar no máximo que for possível”.

By: Larissa Garcia

Fonte: Valor Investe

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