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Efeito na atividade divide apostas sobre Selic; decisão do Copom sai hoje

22/09/2021

Em meio a revisões baixistas nas expectativas de PIB para 2022, parte dos economistas acredita que BC não deve levar taxa de juros a um nível muito restritivo.

Às vésperas da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, analistas se mostram cada vez mais divididos sobre os rumos da taxa básica de juros no Brasil.

Em meio a diversas revisões baixistas nas expectativas de PIB para 2022, parte dos economistas acredita que a autoridade monetária não deve levar a Selic a um nível muito restritivo, já que os efeitos poderiam ser ainda mais nocivos à atividade.

Alguns, inclusive, apontam que o cenário de crescimento mais modesto à frente pode entrar no radar e influenciar o balanço de riscos e o plano de voo do BC quando a inflação corrente começar a desacelerar.

Partindo de um IPCA acima de 8% em 2021 e com a elevada inércia sugerindo um número perto de 4,5% em 2022, a Selic precisaria ir além de 10%, o país teria que praticamente não crescer e a taxa de desemprego atravessaria o ano no nível atual de 14% a 14,5% para que a inflação fosse reconduzida à meta de 3,5% em 2022, avalia Bráulio Borges, economista-sênior da LCA Consultores e pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia (FGV-Ibre). É, segundo ele, uma “taxa de sacrifício” cada vez mais proibitiva.

 

Fonte: Valor Investe

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