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Brasileiros já desembolsaram R$ 500 bilhões em impostos neste ano; quatro dias antes do que em 2022

Com quatro dias de antecedência em relação a 2022, os brasileiros já pagaram R$ 500 bilhões em tributos em 2023. A informação é do Impostômetro, sistema da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que calcula quanto o país recolheu de tributos e exibe o dado em um painel no centro de São Paulo.

A ferramenta mede em tempo real a arrecadação de impostos, taxas e contribuições nas esferas federal, estadual e municipal. De acordo com a análise do economista da ACSP, Marcel Solimeo, houve crescimento na arrecadação em razão do aumento nos preços e inflação acumulada para o período.

A marca foi atingida na quinta-feira, (23), às 16h01.

Um exemplo de aumento de preços foi registrado nas passagem aéreas e hotéis para viajar no carnaval. No caso das passagens aéreas, houve salto de 9,25%, em 2019, para 22% este ano na tributação. O encarecimento do combustível de aviação é o principal fator da elevação.

A regra para tributar os produtos leva em conta a essencialidade, ou seja, quanto mais importante for para a população, menor deve ser a tributação. Baseado nisso, os governos taxam mais os produtos considerados supérfluos, artigos de luxo e itens que fazem mal à saúde. E são esses itens, que mais são consumidos nessa época do ano.

Brasileiro pagou R$ 2,9 tri em tributos em 2022, 11,5% a mais do que em 2021

Em 2022, o país atingiu a marca de R$ 2.890.489.835.290,32 (R$ 2,89 trilhões) em tributos pagos. O total corresponde a um aumento de 11,5% em relação a 2021, quando foram arrecadados R$ 2,6 trilhões.

De acordo com a avaliação do economista do Instituto Gastão Vidigal, da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço em 2022 deu-se pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso em combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.

“Adicionalmente, ainda, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços”, explicou no comunicado à imprensa. “A nossa carga tributária continua sendo elevada para os padrões de um país emergente. A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos.”

Fonte: Valor Investe

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