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BofA eleva projeção para a Selic no fim de 2022 para 11,25%

O Banco Central irá promover um novo aumento de 1,50 ponto percentual na Selic na reunião de fevereiro e deverá encerrar o ciclo de aperto monetário em março, quando a taxa básica de juros será elevada em mais 0,50 ponto e, assim, terminará o ciclo em 11,25%. A avaliação é do chefe de economia e estratégia do Bank of America no Brasil, David Beker, revelada hoje em relatório enviado a clientes. Antes, o banco esperava uma alta de 1 ponto na Selic em fevereiro e um juro terminal de 10,75%, abaixo do consenso do mercado.

De acordo com Beker, o BC não deu nenhuma indicação sobre uma potencial mudança no ritmo de aperto monetário até o momento e, em dezembro, se mostrou favorável a uma nova alta de 1,5 ponto oercebtual nos juros na reunião de fevereiro do Copom. “Nós esperávamos, inicialmente, que o BC desacelerasse o ritmo de alta para 1 ponto em fevereiro, dado que a inflação já havia atingido um pico em novembro, que as expectativas de inflação de 2023 estão próximas da meta, que as projeções de inflação do BC estão abaixo da meta, que a atividade econômica está desacelerando e que o foco da política monetária continua a migrar de 2022 para 2023”, afirma o profissional.

Para Beker, a comunicação da autoridade monetária deve ser alterada na reunião da próxima semana do Copom. O BofA, assim, não espera mais que o Banco Central se comprometa com uma nova alta de 1,5 ponto nos juros em março e avalia que a melhor estratégia seria uma política monetária atrelada a dados, com o BC apontando que irá monitorar a evolução do cenário para decidir os próximos passos.

“Neste momento, esperamos uma alta final de 0,50 ponto em março, mas vamos caibrar nossa projeção a depender da linguagem do BC no comunicado e na ata. Isso significa uma Selic final de 11,25%, mas reconhecemos que os riscos estão inclinados para cima”.

O profissional aponta, ainda, que elevações nos juros além de maio começam a se tornar menos prováveis. Para Beker, isso “poderia aumentar o risco de se ficar abaixo da meta de inflação de 2023 e também iria impor altos custos para a atividade econômica à frente”. Além disso, ele nota que a curva de juros domésticos já define a taxa de cortes nos juros no fim deste ano. Mas, diante da incerteza em torno dos aumentos dos juros e do enxugamento do balanço pelo Federal Reserve (Fed), reduções na Selic ainda em 2022 permanecem improváveis.

Fonte: Valor Investe

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