Gostaríamos de compartilhar os destaques da CARTA MENSAL AWARE ref. setembro/2023.
No arquivo completo anexo, encontrará nossa análise mensal.
Internacional
- Setembro ficou marcado pela forte abertura da curva de juros nos EUA, motivada fundamentalmente pela resiliência da economia;
- No cenário global, vimos um movimento de forte aversão a riscos, com as bolsas remando em queda livre;
- Europa segue em movimento de desaceleração da inflação, com a economia praticamente estagnada;
- No gigante asiático, vemos a manutenção de um cenário com crescimento baixo, a despeito das medidas de estímulo.
Brasil
- No terceiro trimestre, a atividade econômica no Brasil mostrou sinais de desaceleração, com setores sensíveis às taxas de juros e o mercado de trabalho apresentando desaceleração, embora a taxa de desemprego permaneça próxima às mínimas recentes;
- O BC realizou seu segundo corte de juros, sinalizando que mais cortes de 0,50 p.p. são prováveis para atingir a meta de inflação e taxas de juros mais baixas;
- O cenário fiscal brasileiro continua enfrentando seus desafios costumeiros devido à pressão por aumento de gastos, com a possibilidade de mudança da meta fiscal para 2024.
Bolsas | Juros & Câmbio
- O mercado de juros no Brasil enfrentou abertura devido à volatilidade global, com o BC cortando a taxa Selic e adotando uma postura considerada “hawkish” devido preocupações fiscais. Nos EUA, o aumento dos rendimentos dos títulos do governo levou o T10 a um aumento notável, mesmo sem um aumento nas taxas do Fed;
- O Ibovespa teve ganhos moderados em setembro, apoiado pelo desempenho positivo das ações da Petrobrás e Vale, apesar de ruídos políticos e volatilidade geral. Nos EUA, o S&P 500 enfrentou uma desvalorização devido à incerteza nas taxas de juros, enquanto na Europa, o sentimento “risk off” prevaleceu com o BCE sinalizando juros mais altos, exceto no FTSE do Reino Unido, que apresentou ganhos.
Perspectivas
- O Brasil enfrenta um cenário macroeconômico desafiador com cortes na SELIC, mas preocupações persistentes sobre o ambiente externo e as contas públicas continuam a afetar negativamente a bolsa de valores e os juros futuros de médio e longo prazo. O câmbio permanece pressionado, principalmente devido a fatores externos;
- Nos EUA, o FED manteve as taxas de juros e indicou que pode promover outro aumento até o final do ano, levando a taxas mais altas por mais tempo do que o previsto anteriormente.
- Na Europa, as taxas de juros aumentaram, mas sinais de uma política mais restritiva já são observados.
- A Ásia enfrenta dados econômicos decepcionantes e mantém cautela com a volatilidade do mercado chinês, enquanto o banco central chinês enfrenta um dilema entre estimular a economia ou proteger a moeda.
Gostaríamos de nos colocar à disposição para comentar sobre nossa estratégia.
Atenciosamente,