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CARTA AWARE

DESTAQUES:

  • Agosto foi mais um mês relativamente positivo para os mercados. Os dados globais de atividade mostraram, em linhas gerais, certo arrefecimento. Trata-se de acomodação natural, dado o elevado ritmo de expansão verificado no segundo trimestre.
  • A economia americana segue em forte recuperação. O aumento significativo da pandemia nos EUA, no entanto, começou a afetar os índices de confiança, o que pode gerar perda de momentum adiante.
  • O cenário não mudou muito na Europa, apesar de alguma desaceleração recente. A economia continua se recuperando e seguindo o ciclo de reabertura, mas o aumento do número de casos de coronavírus relacionados a variante delta começou a prejudicar em parte a expansão econômica durante o verão, que é sazonalmente muito importante para o turismo.
  • Na China, o governo segue intervindo em setores específicos como tecnologia, educação e gaming. As preocupações das autoridades são diversas: abuso de poder econômico, alavancagem excessiva e costumes.
  • No Brasil, o crescimento econômico apresentou acomodação no segundo trimestre após um forte início de ano.

À medida que nos aproximamos de um ano eleitoral, com disputa acirrada, aumenta a tentação para estímulos à demanda, principalmente visando grupos específicos.

A inflação seguiu a trajetória de alta, com forte disseminação. Na sua última reunião de política monetária, o BC confirmou expectativa do mercado e acelerou a alta da Selic para 1 p.p..

  • O mês de agosto foi desafiador para o mercado de renda variável. O Ibovespa caiu 2,5% no mês, zerando os ganhos do ano. O IBr-X (Ìndice Brasil) finalizou o mês com uma performance negativa de -3,25%, acumulando nos últimos dois meses uma performance negativa de -7,24%.

Várias premissas levaram à performance negativa da bolsa no período, passando pela queda do preço do minério de ferro na China, que disputa o segundo lugar dos produtos mais exportados com o petróleo, atrás somente da soja, até a alta dos juros no Brasil, devido a preocupações de cunho fiscal, persistência de altos níveis de inflação e crise hídrica.

A conjunção desses fatores torna o cenário de curto prazo desafiador, mas apresenta oportunidades para os investidores de longo prazo, em nossa opinião.

  • Mantivemos a recomendação da nossa TOP PICKS.

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Boa leitura!

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