Gostaríamos de compartilhar nossa CARTA MENSAL AWARE ref. abril/2022.
No arquivo completo anexo, encontrará nossa análise e recomendações mensais.
DESTAQUES:
Internacional
- Abril foi um mês difícil para os mercados, com praticamente todas as classes de ativos apresentando perdas expressivas. Os mercados parecem estar em transição do tema “inflação” para o tema “desaceleração”, gerando com isso mais volatilidade.
- O processo de aperto de condições financeiras nos EUA segue em curso e a visão do mercado é de que o FED fará 10 aumentos na taxa básica de juros, chegando a 3% no começo de 2023.
- Observamos uma economia ainda em ritmo forte, com as taxas de consumo nos países desenvolvidos se mantendo em alto patamar, apesar do choque inflacionário.
- Casos de Covid na China aumentaram, o que culminou no fechamento da grande metrópole de Xangai e de outras regiões, com inúmeras repercussões para o tema de interrupção das cadeias de suprimentos.
- Uma forte desaceleração da economia chinesa se juntou à continuidade do quadro inflacionário global e ao conflito na Ucrânia.
- A continuidade da guerra na Ucrânia com a Europa caminhando para um embargo ao petróleo russo também contribuiu para o mal-estar nos mercados, levando a fortes quedas nos preços dos ativos.
Brasil
- No Brasil, a inflação seguiu elevada, com o IPCA de março atingindo 1,62%, o que gerou surpresa inflacionária em magnitude não vista desde o começo da década passada.
- A taxa Selic já se encontra em nível restritivo e a inflação segue preocupando. O IPCA surpreendeu negativamente em março, e a inflação em 12 meses atingiu 11,30%.
- No campo fiscal, o governo anunciou a redução do IPI em 35%, entre outras medidas de renúncia tributária. Seguem, portanto, as preocupações com a trajetória fiscal, num cenário de baixo crescimento e com riscos eleitorais já entrando no radar, que devem contribuir para um ambiente de elevados juros por um longo período.
Bolsas | Juros & Câmbio
- Em abril, o Ibovespa realizou lucros, encerrando a trajetória de quatro altas mensais consecutivas. O índice apresentou, no mês, a maior queda (-10,1%) desde mar/20, período marcado pelo auge do pânico nos mercados causado pela crise sanitária do Covid-19.
- Mesmo com as contas externas ajustadas, os juros em dois dígitos e os preços de commodities ainda elevados, a nossa moeda sofreu neste ambiente de aversão a risco com os investidores estrangeiros reduzindo posições em Brasil.
- Frente ao real, mudando de direção neste mês, o dólar saltou 4,92%, maior ganho mensal desde setembro de 2021, corrigindo as fortes baixas dos últimos meses.
Perspectivas
- Apesar do ciclo de aperto monetário nos EUA pressionar mercados emergentes em geral, continuamos com visão construtiva para o mercado brasileiro no médio/longo prazo, por entendermos que o mercado é relativamente bem-posicionado para enfrentar o complexo ambiente geopolítico atual.
- O cenário segue extremamente incerto e desafiador, mas acreditamos que o nível de preço dos ativos brasileiros nos oferece uma razoável margem de segurança.
TOP PICKS
- Nossa TOP PICKS para maio permanece inalterada.
Gostaríamos de nos colocar à disposição para comentar qualquer ponto da estratégia.