DESTAQUES:
- Ao longo do mês de setembro, um conjunto de vetores exerceu pressão negativa sobre a economia global. A expectativa de que a reabertura das economias desenvolvidas causaria uma equalização no lado da oferta não se materializou e atualmente os indicadores apontam para dinâmicas inflacionárias mais perenes.
- Na China, as medidas de aperto regulatório provocaram o colapso de uma das maiores empresas do setor imobiliário chinês e sugerem que o setor deverá seguir desacelerando. Ainda, o país asiático enfrenta dificuldades pelo lado da oferta, seja devido às metas ambientais, seja devido às dificuldades com o fornecimento de energia.
- Na mesma direção, a Europa apresenta problemas com o fornecimento de gás natural, algo que pode se tornar particularmente crítico com a proximidade do inverno. No todo, trata-se de um quadro desafiador, com desaceleração da atividade e inflação maior.
- No Brasil, o início do mês foi marcado pelo auge da crise institucional, com as manifestações do feriado em Sete de Setembro. Após os eventos, entretanto, uma carta aberta do presidente contribuiu para baixar a temperatura da crise. Com isso, a pauta fiscal voltou a ganhar espaço. O foco agora se volta para a busca de solução para os precatórios através do legislativo, o formato do programa que sucederá o Bolsa Família e uma possível extensão do auxílio emergencial.
- No cenário econômico, o Banco Central continua a sinalizar o aperto de sua política monetária e a intenção de conter desvios das expectativas de inflação, o que, aliado à incerteza política, deve resultar em fraca atividade econômica para 2022.
- Seguimos com posições tomadas em juros nominais no portfólio doméstico. No câmbio, percebemos uma preocupação por parte da autoridade monetária brasileira em manter a liquidez, com a possiblidade de intervenções no mercado, o que poderia tirar parte da pressão compradora e controlar a volatilidade da moeda americana frente ao real.
- O Ibovespa manteve sua tendencia de baixa, completando o terceiro mês de desvalorização consecutivo. Para bolsa brasileira, apesar da performance aquém do esperado nos últimos meses, mantemos visão construtiva estrutural, principalmente para os setores ligados ao agronegócio, óleo e gás, industrial e varejo.
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Boa leitura!
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