DESTAQUES:
- Outubro foi positivo para os ativos de risco globais, em geral, porém, o Brasil destoou e foi na direção contrária dos principais mercados internacionais.
- Outra forte temporada de balanços nos EUA levou o S&P a bater seu maior nível histórico. Os bons fundamentos da economia americana, somados a saudáveis balanços, têm ofuscado o risco da inflação em alta e problemas observados na cadeia produtiva. A economia americana segue em relevante recuperação. Apesar de os dados de emprego ainda mostrarem números mais modestos do que o esperado, ainda acreditamos que a desaceleração é causada por fatores temporários.
- O cenário na Europa é de crescimento moderado. A economia segue em recuperação acompanhando o ciclo de reabertura, mas o aumento do número de casos de coronavírus, relacionados a variante delta, prejudicou em parte a expansão econômica durante o verão.
- Para os mercados locais, outubro foi um mês difícil. O Ibovespa caiu 6,7% no mês, direção oposta aos mercados americanos, onde S&P e Nasdaq subiram 6,9% e 7,9%, respectivamente. Desde o final de junho, a bolsa caiu 17%, o dólar subiu 15% e a taxa de juros de 10 anos subiu de 9,0% para 12,4%. O crescimento econômico dá sinais de desaceleração na margem. As vendas no varejo de agosto caíram 2,5% ante julho, e a produção industrial caiu pelo terceiro mês consecutivo.
- Os ruídos políticos aumentaram no mês, pois a solução apresentada para os gastos com precatórios foi percebida por analistas como um divisor de águas. Esta incerteza gerou enorme estresse nos ativos brasileiros, com juros disparando, moeda local pressionada e bolsa em baixa.
- O cenário econômico brasileiro segue desafiador: a pressão inflacionária em um contexto de reabertura econômica, somada a uma política fiscal expansionista, e com ruídos políticos presentes, devem requerer juros mais altos por um período mais longo.
- Nossa TOP PICKS foi alterada, com a entrada de Lojas Renner e saída de Sanepar.
Permanecemos atentos e acompanhando os riscos macroeconômicos, a inflação dentre eles, e aperfeiçoando nossa Carteira Aware para proteção contra esses riscos, bem como olhando oportunidades que surgirão com a volta da demanda no pós-pandemia.
Boa leitura!